SOBREVIVENDO
Certa vez me disseram:
Faça por você!
Bem...
O que posso fazer por mim?
Se já não vivo,
E sim, sobrevivo.
A ela contei segredos,
O qual me arrependo...
Fecho meus olhos,
Lembro do seu olhar,
Cheiro e sabor.
Dias se passaram,
Tive a pior despedida da minha vida.
Semblante entristecido,
Só me resta saudade,
A solidão abandonado.
Não sei por onde ela anda,
Mas sei que um dia irá ler isto.
E que um dia brilhará,
Será estrela no céu de outro alguém.
Mas porque não pode ser no meu?
Enquanto a mim...
Preciso caminhar,
Sem destino,
Sem ninguém saber.
Virar pó,
E como mágica,
Em breve desaparecer.
Paulo Henrique Oliveira
Brasília DF, 13 de abril de 2014