Os Sinais da Luz do Sol.
O ser humano encontra-se.
Como prisioneiro.
De uma grande caverna.
Percebe a distância pelo cone.
Os sinais da luz do sol.
Como se existisse apenas.
Um pequeno círculo.
Ao infinito azul.
A realidade do cone.
É a pequena dimensão.
À distância perceptiva.
O homem mergulhado.
Bem ao fundo da caverna.
Perde a entrada principal.
O caminho pelo qual.
Levaria necessariamente.
A saída.
Solitariamente a escuridão.
Recebe pelo foco do cone.
Abertura luminosa da luz.
A projeção do brilho do sol.
A projeção ao mundo das trevas.
Sendo desse modo.
O homem encontra-se.
De frente para a parede.
Não tendo percepção.
Da extensão da luz.
O mundo cega-se.
O brilho da luz dos olhos.
Sente-se tão somente.
O fundo escuro e tenso.
O homem então.
Imagina que escuridão.
Do mundo.
É a realidade do universo.
Recolhe ao canto.
Como uma ovelha solta.
A sua pastagem.
Dorme ao tempo.
Esperando pelo silêncio.
Do seu momento.
Edjar Dias de Vasconcelos.