UM OUTRO EU.

Vivo com a inexistência de um dia não existir

Pressinto que o que sinto já foi um dia sentido

Não existo quando penso, imagino e existo tão subido

Vivo dentro de mim, fora sou o fim, que acaba sem o sentir

Devaneio no que nunca anseio

Esqueço o que não lembro

Sou um mau membro, sem cérebro

Porque não diz nada o que escrevo, e um dizer alheio

Sempre escrevo o que no pensamento me veio

Sou uma alma que não sabe da sua própria existência

Vivo como um estrangeiro procurando sua descendência

Por essas vagas e frias pracetas, com o pensamento passeio.

Marllon Neves Langa
Enviado por Marllon Neves Langa em 06/04/2014
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