VIDA
Ficam essas evidências rotuladas pela vida,e são como filtros.
Entre diretrizes, modos, entre essas ficções que as norteiam!
A dar ênfases,a saturar o verbo, a dar devida dimensão.
A desenhar nos rostos, quadros em série, desses conflitos.
A falar do homem, das suas semelhanças dessas circunstâncias.
E como este homem se situa, diante dessas variantes, ante,
Mediante, esses vernizes que camuflam a sua realidade!
E atribua que ele se perca, e ele se perde, deveras, de se mesmo.
E fica diante dessas vitrines, idênticas caras, nessa multidão.
Diante dessas utopias, mapeando no escuro, ponderando,
O que de se mesmo se expressa, a querer empreender fugas...
Emocionalmente se espanta, com a jornada da sua vida, e não,
Crê, quando a alma se desnuda, e lhe mostra realidade, a ver,
Com seus olhos, os passos que os conduziu até este momento.
Comovido, ou joga a toalha, e não há trivialidade nesse gesto,
Pois as emoções criam verdadeiras batalhas interiores... .
Ou pinta essas “Guernicas”, subjetivas,genéricas, metafóricas!
Vidas, aos solavancos, abrindo mão dos valores,das verdades...
A imaginar-se equilibrada, a idear incoerentemente felicidades!
E quando vê nos espelhos as respostas, dessas criações, que dão,
A dimensão do homem velho, pela concepção dos hábitos, eivado,
Na ideação das ações, e nota que nas mãos apenas os próprios medos.
Essas incongruências, os ferem, se evolam, e se infirma em se mesmo,
Mostrando-lhe essas imagens desses espelhos que se chama vida!
Albérico Silva