PALAVRAS II
Busca-se a palavra mais exata.
Aquela palavra que está no meio da mata
Só se pede que a palavra não seja mata
Ou não esteja inconscientemente virando lata.
A palavra é meio de comunicação,
Mas isso quase todo mundo sabe,
O que poucos sabem é que a força
Da PALAVRA é como um vulcão
Ativo que mexe com toda a vida ao seu redor.
A palavra tem poder
Construtivo e destrutivo, quase que,
Simultaneamente, depende de onde vem,
E para onde vai.
Depende de quem a pronuncia
E como a mesma é pronunciada
E o seu local empregado.
A palavra é transformada
A palavra é destruidora.
A palavra endurece e empobrece o homem.
A palavra é conforto na hora certa.
A palavra é desgraça na hora incerta.
Não é todo mundo que pode dizer o que pensa
A qualquer hora.
Não é todo mundo
Que sabe dizer em palavras
Tudo aquilo que seu coração sente.
Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.