O Medo do Silêncio.

A Origem do Átomo.

Um átomo perdido no vácuo.

Interrompido pelo movimento.

Sem poder cessar.

O mundo epicuriano.

Empurando a sua própria força.

Sem nenhuma direção.

Os silêncios da predileção.

Um depois que não poderá ser antes.

Um acaso sem ressalto.

Combinando com formas densas e simples.

Do único módulo possível.

A semelhança intencional.

O segredo prescrito.

A vossa exuberância.

Tudo ao mesmo tempo.

Intervalos próximos.

Entrelaçados e perdidos em rochas.

Comos coisas inexistentes.

O imenso vácuo solitário a ele mesmo.

Sem saber o motivo de seu movimento.

Esperando pelo passar do tempo.

Mas inclivelmente não passa.

Exatamente porque o tempo não existe.

Motivo de iludirmos em metafísicas.

O que comprende apenas.

Absoluta quietude do movimento.

Oscilando perpendicularmente.

Mas algo imprescindível deixando de ser.

Mesmo sem a existência do tempo.

A natureza dos deuses.

Das imaginações improcedentes.

A voz que se perde.

No escuro da infinitude.

Da metafísica e do mundo empírico.

Tudo muito distante.

Até mesmo nosso entendimento.

Mas as coisas como elas são na verdade.

São obrigadas a fugir da nossa percepção.

Esconder do nosso entendimento.

Desaparecer até mesmo dos seus momentos.

Porque se entendermos.

Atingiremos ao ápice da loucura.

Oculta nos a distância.

Apenas o reflexo desperta curiosidade.

O passado e o futuro.

O instante a cada momento esquecido.

O soluço da ternura.

Faz descortinar os amanheceres ao entardecer.

Como se a noite fosse o único segredo.

Perdido solitariamente.

Antes da era do fogo.

Tendo a luz da lua como referência.

A espera do hidrogênio.

Sente se medo do tempo.

Como se o silêncio fosse a solução.

Indesejada ao acaso do instante.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 28/03/2014
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