Pó em comum
Compartilhando o mesmo ar
Carregados pelo mesmo vento
Suportando o mesmo frio
Suspeitando o mesmo mal
Uma corrente de sonhos
Em um rio de dúvidas
tocados pelo medo
Lançados ao mesmo destino
A cada movimento, uma desculpa
A cada desculpa, uma mentira
Tão pequenos e imperfeitos
Tão inseguros quanto incertos
Com um mesmo sopro
O sopro da vida
Que se vai tão fácil
Como cinzas de um fogo
Que já se apagou
E não existe mais.