Pó em comum

Compartilhando o mesmo ar

Carregados pelo mesmo vento

Suportando o mesmo frio

Suspeitando o mesmo mal

Uma corrente de sonhos

Em um rio de dúvidas

tocados pelo medo

Lançados ao mesmo destino

A cada movimento, uma desculpa

A cada desculpa, uma mentira

Tão pequenos e imperfeitos

Tão inseguros quanto incertos

Com um mesmo sopro

O sopro da vida

Que se vai tão fácil

Como cinzas de um fogo

Que já se apagou

E não existe mais.

Ocian de Souza
Enviado por Ocian de Souza em 25/03/2014
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