Dragões da Fantasia
Estreitas vielas contornam o apêndice da razão
Tão confiscada por vermes que invadem a mente
E fazem do raciocínio uma horta de eloquentes
Vampiros que sugam princípios e instintos da emoção.
Horda nefasta que rola ideais rumo a precipícios
Donde se prevê argumentos nauseabundos da derrota,
Peçonha que tramita entre arbustos e importa
Uma verve funesta que impõe desolação e sacrifícios.
A dor é a respiração do pensamento castrado e enfermo
Que sobrevive à margem hedionda do próprio desterro
E se insinua por pequenos vértices à luz do dia...
A persistência é a sensação da luta não inglória
Que faz renascer a vontade que, senão busca a vitória,
Pelo menos desvia os dragões com destino à fantasia!