Dragões da Fantasia

Estreitas vielas contornam o apêndice da razão

Tão confiscada por vermes que invadem a mente

E fazem do raciocínio uma horta de eloquentes

Vampiros que sugam princípios e instintos da emoção.

Horda nefasta que rola ideais rumo a precipícios

Donde se prevê argumentos nauseabundos da derrota,

Peçonha que tramita entre arbustos e importa

Uma verve funesta que impõe desolação e sacrifícios.

A dor é a respiração do pensamento castrado e enfermo

Que sobrevive à margem hedionda do próprio desterro

E se insinua por pequenos vértices à luz do dia...

A persistência é a sensação da luta não inglória

Que faz renascer a vontade que, senão busca a vitória,

Pelo menos desvia os dragões com destino à fantasia!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 20/03/2014
Código do texto: T4736883
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