Analisando o Poeta Augusto

Augusto dos Anjos,

No pressentir da morte,

Queixava-se que a raça humana

Desvirtuava-se do propósito da vida.

Presente de uma essência integra

Para resgatar o esplendor do universo,

Perdido com a desobediência do homem

Ao ser seduzido por uma astucia maligna.

Esse poeta a temporal

Que fez da singularidade melancólica,

Sintonia entre o pensar e o sentir

Para manifestar o que não conseguia fingir.

Mesmo no infortúnio da desesperança,

Não deixava de mencionar a ingratidão,

Como postergadora do viver igualitário,

Dificultando o bom senso humano.

Talvez para provar que as aparências

Só apedrejam o sentimento de justiça,

Consciente do apocalipse irrevogável

Para um sistema irrepreensível de amor.