O Silêncio do Olhar.

O Silêncio do Olhar.

Olhai para o infinito.

Aspirai ao seu elevar.

Verás o espaço azul.

Mas quando do alto.

No mais profundo silêncio.

Olhando para baixo.

Vai perceber o vosso tamanho.

entenderás sua insignificância.

Compreenderás então.

O motivo de sentir pequeno.

Se for realmente sábio.

Compreenderás o seu destino.

Saberás para onde vai.

Entendendo o próprio limite.

O que é então a essência.

Compete existir.

Em outra coisa indefinível.

O mistério do mundo.

É a vossa substância.

Substantita est res cujus quiditati.

Compete conhecer a natureza.

Et non in alio.

Não podemos ser nós mesmos.

Somos em potência.

A natureza dela.

A permanência do seu sentido.

A incorporação do significado.

O que deve ser dito.

A finalidade.

De tudo isso perdido.

Na imensidão do universo.

Olhai então de baixo.

Para o alto.

E sentirás a complexidade.

Do tamanho do insignificado.

Silenciosamente.

Entenderás os sinais perdidos.

Nas ondulações figurativas.

Da cor azul.

Na dimensão do infinito.

O tempo perdido a compreensão.

A eternidade do silêncio.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 15/03/2014
Reeditado em 03/04/2014
Código do texto: T4730263
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