O Silêncio do Olhar.
O Silêncio do Olhar.
Olhai para o infinito.
Aspirai ao seu elevar.
Verás o espaço azul.
Mas quando do alto.
No mais profundo silêncio.
Olhando para baixo.
Vai perceber o vosso tamanho.
entenderás sua insignificância.
Compreenderás então.
O motivo de sentir pequeno.
Se for realmente sábio.
Compreenderás o seu destino.
Saberás para onde vai.
Entendendo o próprio limite.
O que é então a essência.
Compete existir.
Em outra coisa indefinível.
O mistério do mundo.
É a vossa substância.
Substantita est res cujus quiditati.
Compete conhecer a natureza.
Et non in alio.
Não podemos ser nós mesmos.
Somos em potência.
A natureza dela.
A permanência do seu sentido.
A incorporação do significado.
O que deve ser dito.
A finalidade.
De tudo isso perdido.
Na imensidão do universo.
Olhai então de baixo.
Para o alto.
E sentirás a complexidade.
Do tamanho do insignificado.
Silenciosamente.
Entenderás os sinais perdidos.
Nas ondulações figurativas.
Da cor azul.
Na dimensão do infinito.
O tempo perdido a compreensão.
A eternidade do silêncio.
Edjar Dias de Vasconcelos.