Intervalos da vida
 
Das intermitências cáusticas da vida
Sentimentos são extraídos do cárcere
Da solitária, escapam sorrateiros
Espiam a querela... da  luz e das trevas
 
Seiva amarga feito fel infiltram
Na argúcia d’alma abatida
Ribombo  assustador!
Ecoam na vala da morte
 
Tremores do algoz medo, arrepio!
Medo que rasga ferida no ego, espasmo! 
Suspiram os olhos cansados...
Disritmia de um coração judiado
 
Debatem-se agonias e dubiedades
Falácias de escolhas pretéritas
Um desarrimo... sem prumo a vida
Badaladas  profundas no sentimento!
 
Em desespero o mortal recluso 
Acorrentado dentro  da razão
Na vasta jornada... alma rastejante
Resvala o  pensamento no lodo
 
Debatendo a alma em amnésia 
Foge de um mundo fantasmal
Atolando-se em trevas furtivas
Arqueja em torvelinho, letal!
 
Paro! São só intervalos!
Desse mundo perdido
Sem sentido sem muros
Um eco vazio do caminho
 
Jennifer Melânia
Enviado por Jennifer Melânia em 15/03/2014
Reeditado em 16/03/2014
Código do texto: T4729281
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