Intervalos da vida
Das intermitências cáusticas da vida
Sentimentos são extraídos do cárcere
Da solitária, escapam sorrateiros
Espiam a querela... da luz e das trevas
Seiva amarga feito fel infiltram
Na argúcia d’alma abatida
Ribombo assustador!
Ecoam na vala da morte
Tremores do algoz medo, arrepio!
Medo que rasga ferida no ego, espasmo!
Suspiram os olhos cansados...
Disritmia de um coração judiado
Debatem-se agonias e dubiedades
Falácias de escolhas pretéritas
Um desarrimo... sem prumo a vida
Badaladas profundas no sentimento!
Em desespero o mortal recluso
Acorrentado dentro da razão
Na vasta jornada... alma rastejante
Resvala o pensamento no lodo
Debatendo a alma em amnésia
Foge de um mundo fantasmal
Atolando-se em trevas furtivas
Arqueja em torvelinho, letal!
Paro! São só intervalos!
Desse mundo perdido
Sem sentido sem muros
Um eco vazio do caminho