Segundo Mundo

Quanta memória é preciso

para não atropelar ninguém?

É tanta necessidade

que se torna vício

Todos de cabeças baixas

Como escravos sem língua

Sem olhar

Permanecem Intactos

em uma realidade miúda

Que tudo exploda!

Que todos se toquem

Que se fodam na mesa do bar

e gozem na do jantar

Faz muita luz, cega e faz pus

que escorre viscoso

Sem rumo,

Obedece a gravidade.

Tão à vontade quanto a própria imbecilidade.