EU PENSO

Que são cegos

Os olhos do tempo

Que passam por mim

Sem ao menos me olhar

Que são insensíveis

Os braços dos ventos

Que me tocam

Sem ao menos me abraçar

Que são surdas

As ondas do mar

Que sempre se debatem

A se repetir

Que são loucos

Todos os pássaros

Presos em gaiolas

Sempre a cantar

Que são tolas as flores

Que se entregam néctar

E nunca provam

Do sabor do mel

Que sãos tristes os poetas

A contar felicidades

Que colorem o mundo

Para não deixar a vida desbotar...

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13.03.14

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 13/03/2014
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