Etéreo seja o Estro de Amor
Rogo pela poesia
A inspiração do dia de amanhã,
Já que a noite vem acontecendo
Deixando o verso nobre, seleto...
Da história a face úmida,
Estreita ao sentir!
Poetas, anjos ou demônios
Da escrita, dos botequins,
Das madrugadas quase infindas?!...
Não sei responder tal pergunta,
Pois do sorriso veio beijo instigante,
Insinuando mais um soneto, um poema
De notas e entrelaces surreais,
À sombra dos translados do luar!
Entre as capitanias das pautas,
Sempre um mistério revela-se,
Intui-se como uma rosa abrindo-se
Ao orvalho, ao questionamento do estrelar
Navegando pelo platônico do amar!
Musas, flores ou dores
Diante das letras, da pele nua,
Da herança grafada em folhas brancas?
Na verdade, só sei que nada sei
E que da morte ficam as palavras escritas
Consagradas pelo amor sempre etéreo!
12/03/2014
Porto Alegre - RS