O TEMPO É VELOZ...
Como o tempo é veloz...
brutal e sanguinolento.
A mão agarra a concha da vida.
O grande livro sagrado – diz:
Depois invade os espaços que:
Quão intensamente,
assento à mesa para comer o pão
e beber o vinho.
O néctar que me alenta.
O grande livro de Dantes – diz:
Todos têm o direito
de preparar-se
para as núpcias do homens...
Agarrar-se pelas crinas dos cavalos
e se transformar em rebeldes peixes.
Com os olhos de dragão,
ressurgir dos escombros.
Articular prazer, ódio e aflição...
Renascer para fenecer,
todos os dias ao anoitecer.
De lanternas acesas:
O tempo obstupefato,
rumina ombros e braços.
Tritura: flor - pedra - ser
que depara no caminho.
Abre a fendas
imprime clamores e fanfarras,
onde tudo queima e ecoa trombetas.
Finalmente
num degolar cruel,
a árvore e o ciclo vital
— atiram no oceano e os entorpecem...
Até adormecerem...
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: O tempo é veloz...
Como o tempo é veloz...
brutal e sanguinolento.
A mão agarra a concha da vida.
O grande livro sagrado – diz:
Depois invade os espaços que:
Quão intensamente,
assento à mesa para comer o pão
e beber o vinho.
O néctar que me alenta.
O grande livro de Dantes – diz:
Todos têm o direito
de preparar-se
para as núpcias do homens...
Agarrar-se pelas crinas dos cavalos
e se transformar em rebeldes peixes.
Com os olhos de dragão,
ressurgir dos escombros.
Articular prazer, ódio e aflição...
Renascer para fenecer,
todos os dias ao anoitecer.
De lanternas acesas:
O tempo obstupefato,
rumina ombros e braços.
Tritura: flor - pedra - ser
que depara no caminho.
Abre a fendas
imprime clamores e fanfarras,
onde tudo queima e ecoa trombetas.
Finalmente
num degolar cruel,
a árvore e o ciclo vital
— atiram no oceano e os entorpecem...
Até adormecerem...
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: O tempo é veloz...