TEMPO SEM ASAS
Dou asas a um tempo já sem tempo
Que o cansaço impede de voar
Flutuando na memória penas descem
Devagar... devagar e devagar...
Para que pressa se esperar se faz preciso
Correr não é certeza de chegar
Tartarugando pode o indivíduo
A sua meta tranquilo alcançar.
Em câmara lenta veja o que eu consigo
Fechar e abrir os olhos num piscar
Nesse pedaço de segundo ver a vida
Inteirinha na retina desfilar!