A ÚLTIMA PAISAGEM
Caminho descalço entre espinhos,
As pedras quentes já perderam
Sem calor e o ninho da vida
Pérfida hoje é vento do passado.
As roupas são leves como brisa
Suave que vagueia sobre girassóis
Divinos, revestido por palavras e fé
Sigo sem medo de tropeçar.
As mãos que procuravam refúgio
E amparo nas carnes impuras
Hoje reconhece a mansidão
da energia infinita.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano