Ficção literária.
Ficção literária.
Ficção, ficção.
Pura ficção.
Sem sedição.
Como sinérese.
Exatamente literária.
Diria até delírio.
Não existe sujeito.
Na concordância nominal.
Ausência de ótica.
Ideologia conceitual.
Sobejidão de acepção.
O sujeito está ausente.
Nas proposições verbais.
Ficção literária.
Paradigma da ilusão.
Mas quem não entende.
De metáfora lógica.
Imagina a intuição da realidade.
Mas a análise é cultural.
Com certa sinonímia.
Do mesmo modo o sujeito.
Da compreensão metafísica.
Qual o suporte do objeto.
Não tem natureza essencial.
Ficção, ficção imaginária.
Mundo subjulgado.
De caráter neofascista
A regra do fundamento.
Sem origem.
Tergiversado.
Então o que se entende.
A mais absoluta ideologia.
Ficção da imaginação.
Induções vazias.
Sem transmigração.
Mundo subjetivo.
Ficção.
Peça de teatro.
O que significa tudo isso.
Mundo festivo a primavera.
Os perdedores ficaram tristes.
0s ganhadores também.
Mas de quem é esse mundo.
É importante saber.
A mim nada pertence.
Sei apenas o que é.
Uma ficção literária.
O que esconde a hipótese.
Imaginativa.
A permanente luta de classes.
O que conta mesmo.
Do ponto de vista do poder.
São as ideologias institucionalizadas.
Os agentes em ação.
Metáforas mitigadas.
Das forças contraditórias.
Apenas uma ficção pendularia.
Essencialmente literária.
Sem sujeito.
Sem objeto.
Com munição inadequada.
Mundo subjetivado.
Por convicções políticas.
O comando do direitismo.
Torto é antidemocrático.
Embaido pelo autoritarismo.
Sendo que nada disso.
Tem o DNA das possibilidades.
Mas vontades indescritíveis.
Persecutórias.
Mundo dos Raimundos.
Dos barnabés.
Dos josés.
Das marias.
Fátimas e Jonas.
Reagirão sempre ao entendimento.
Da mais sofisticada mentira.
Edjar Dias de Vasconcelos.