ANOS 60

Terror estampado na cara,

do menino inocente.

Mas a vida não pára.

Precisa fingir ser contente.

Sua voz é ceifada.

Seu coração mutilado.

Sua mãe estuprada.

Seu pai fuzilado.

Canções de uma paz perdida,

nos porões obscenos,

Lágrimas, despedidas,

exílios, tristes acenos.

Hoje lembrando de tudo

que o nosso povo assistiu,

o pranto me deixa mudo.

Que judiação, meu Brasil.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 26/02/2014
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