Bandeira branca
A cada passo cujos pesos anexos fazem mais fundo,
Leso meu corpo preso a tantas e inúteis cargas;
Tem horas que trago à tiracolo as dores do mundo,
E olha que elas são muitas, além de vastas, largas...
A alma reivindica a soltura plena das detidas asas,
bota a boca no mundo, e, solidário, também boto,
Pois a mísera Via Láctea abarcam as nossas casas,
Enquanto o Universo todo permanece-nos, ignoto...
As grades do corpo não enferrujaram de um todo,
Mas, quiçá um visita furtiva contrabandeie uma serra;
E ganhando os ares ela possa conferir se esse açodo,
O voo justificará, ou, evergonhada saberá que erra...
Talvez retorne furtiva dizendo que era feliz e nem sabia,
Que os céus imaginários eram só a inadimplência da terra;
Que tinha o necessário, mas, o que dominava não queria,
resignada bandeira branca acenará no cenário de guerra...
Os três modos de aprender, Confúcio ensinou-nos, grácil;
Por reflexão, o mais nobre de todos, o mais honroso;
Seguindo ao que sabe, por imitação, enfim, o mais fácil;
experiência, a escolha da alma, é, disse, o mais doloroso...
reflexão demanda uma nobreza que plebeu não usufrui,
imitação é arriscada, podemos escolher errado heroi;
dona empírica acaba mais convincente pois só ela possui,
o mais sábio argumento, alma aprendeu, e aprender doi...