Trajetória

Errante trajetória, Complexos passos.

No caminhar do tempo, se vão os anos

Peregrino cronológico, atravessa a barreira.

Da contagem dos grãos de areia, ao atemporal num instante.

Nas tempestade vorazes adentra o tempo.

Precisa enfrentar, sem opções, sem fuga.

Feroz o vento sopra contrário.

Ao passo que o medo se apresenta.

De bom, um fio de esperança.

De onde veio, talvez possa retornar.

O peregrino veio de lá em um sopro.

Divinamente soprado.

Peregrinação curta, ligeiramente longa.

Aos olhos que estão vendo.

Do alto, como a flor que murcha e cai.

De baixo, tempo mais tempo.

E passa e passa e passa.

Deve haver um porque, maior que esse tempo.

O tempo que não passa, que não é medido.

Que não tem inicio nem fim.

Viver pelo fim da jornada.

O peregrino não pode perder tempo com o tempo que sê perde.

Mas está com os olhos fitos no tempo que se ganha.

Em sintonia com os passos que o levam a cidade que se avista ao longe.

DZ Junior
Enviado por DZ Junior em 19/02/2014
Reeditado em 19/02/2014
Código do texto: T4698068
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