Trajetória
Errante trajetória, Complexos passos.
No caminhar do tempo, se vão os anos
Peregrino cronológico, atravessa a barreira.
Da contagem dos grãos de areia, ao atemporal num instante.
Nas tempestade vorazes adentra o tempo.
Precisa enfrentar, sem opções, sem fuga.
Feroz o vento sopra contrário.
Ao passo que o medo se apresenta.
De bom, um fio de esperança.
De onde veio, talvez possa retornar.
O peregrino veio de lá em um sopro.
Divinamente soprado.
Peregrinação curta, ligeiramente longa.
Aos olhos que estão vendo.
Do alto, como a flor que murcha e cai.
De baixo, tempo mais tempo.
E passa e passa e passa.
Deve haver um porque, maior que esse tempo.
O tempo que não passa, que não é medido.
Que não tem inicio nem fim.
Viver pelo fim da jornada.
O peregrino não pode perder tempo com o tempo que sê perde.
Mas está com os olhos fitos no tempo que se ganha.
Em sintonia com os passos que o levam a cidade que se avista ao longe.