O que quero, o que sou ?
Cansado da dura escalada,
Espoliado pelas mãos atadas,
Perdido pela trilha enevoada,
Sem brios, decomponho-me, não há nada.
Reconhecendo mais que a mim mesmo,
Evitando, no caminho, todo o esmo
Escarro na lousa, é mais que saber.
É fazer chegar, fazer acontecer.
A deturpada natureza humana,
Com toda a sua futilidade tirana
Ridiculariza os seus césares, quando crianças.
Na era de inanições pensantes,
Desejo, por fim, uma fêmea amante
Que alivie essas obrigações vibrantes.