Sem um final
O dia que não começou,
que não teve fim.
Chove, chove,
Chove chuva.
É tempo de crer,
ou será tempo de se perder?
Confusões psicológicas,
Desilusões amorosas,
Nada a temer.
Segue viagem,
Sem rumo,
Sem destino.
Segue-se o tempo,
a hora não passa,
a paixão não acaba,
e se torna ilusão.
Por quê ficar assim?
Se não for para sentir essa intensidade,
do que adianta viver?
Viver pra que?
Nada mais faz sentido,
o que parecia ser errado,
se tornou correto,
e vice versa.
Acendo um cigarro,
completo minha xícara de café.
O tempo enfim se foi,
e o sentimento que jazia forte,
Torna-se dúvida.
Em que acreditar?
Se o motivo final da felicidade
em que me encontro,
é satisfazer o desejo alheio,
nem sempre recíproco,
de quem ilude-se importar comigo.