Flerte

Não sei por que passei, à margem de tudo

Flertei com desejos, gostos, cheiros

Senti as carícias de olhares tão rápidos, intensos

Como acendiam-me seus relâmpagos

Havia poesia em mim, castelos prontos

Amores que só me diziam sim

Eu os perseguia, em cada palavra, em cada verso

Vivi-os, e tanto, sem mesmo perceber

Se eram magia, puro encanto

Inquietos, não sei por quê

Também me passavam, somente passavam

Aluísio Azevedo Júnior
Enviado por Aluísio Azevedo Júnior em 16/02/2014
Reeditado em 17/02/2014
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