O OLHAR
Outra cabeça volta a rolar
Existe sangue naquele olhar
Tudo parece desabar
Mas é apenas um começo
Do infinito tropeço
Daqueles velhos escritos
Sobre a existência de cada ser
Que não mais queria ser
Aquilo que parecia ser
Mas que não passava de ilusões
Posta em xeque no choque
Que a assistência da chuva,
Nada mais era, que o intervalo
De um ciclo natural das águas.
O momento marca o compasso
O tempo é um abraço
Alegria é o um cansaço
Da boca da noite sorrindo
Das maluquices estampadas no rosto
Quase pálido de susto,
Transfigurando em outros tempos;
Tempos de pé no chão,
Tempos de achar
Que todo tempo é bom
Para explicar algo oculta
Na solidez da pouco gramática
Existente naquele prático
Que muitos gostariam ter.
Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT