PRUDÊNCIA
Ser ou não ser prudente!
Ter ou não ter medo!
De repente, não mais que de repente,
Há que se manter o segredo!
Minha vida é um livro aberto
Não tenho segredo nenhum a guardar
Já fiz dela um verdadeiro deserto
Como também um verdadeiro mar
Mas agora, como sempre, estou numa gangorra.
Não é medo; é prudência!
Éter os pés fincados ao chão
E ter sempre a paciência
De ter que domar o leão.
É um sentido fingindo da vida
É um rebolado que não tem paradeiro
É uma avalanche perseguida
Pela ideia de ser sempre o primeiro.
Aqui se registra o que não vê.
Aqui é o mais penoso sentimento.
Não é o medo pelo medo.
É prudência até do soprar o vento.
Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT