Eu escrevo não sinto
Não posso escrever o que sinto,
Pelos preceitos em mim.
Por que as vezes minto,
Quando não o faço assim.
Não escrevo o que sinto,
Por que pouco sinto quando escrevo,
É como lembrança fora de mim,
Ou face de puro medo.
Quiça sinta algo ao escrever,
Uma ponta de paz sem me esquecer
Daquilo que antes sentia.
De quando te ouvia,
Muda em seus pensamentos,
Captando em seu olhar,
Cada vão momento,
cada sentir meu,
Cada sorriso que me deu,
Cada pedaço de mim ao te amar.
Talvez escreva uma parte de mim,
Aquela que grita em voz fria,
O calor do não, a insipidez do sim.
A súbita voz sem alegria,
Que me faz te querer
Que me faz te ouvir ao lembrar de você,
Que é mais presente do que o pouco amor restante,
Que é agonia na carne desse peito delirante.