Bálsamo e borboletas

Atado aos próprios erros

Apegado aos devaneios insanos

de uma mente conturbada

Pobre alma condenada ao inferno

Sem esperança vaga entre os espinhos

e cada ferida lhe dá uma sensação de prazer

Não escuta nada além de sua própria voz

A cegueira impede de ver o clarão da luz

Há vida do outro lado da janela

Abre as portas e venha ver o brilho das estrelas

Borboletas sobrevoam o teu jardim

Os pássaros cantam pra você ao amanhecer

Há um bálsamo pra curar suas feridas

Permita que a misericórdia lhe alcance

Levanta deste leito de morte

Mude a sua sorte e deixe o amor entrar

Aprisionado à sua própria culpa

de um passado sombrio e tediante

Dilacerado na alma e no coração

Não vê saída nem espera o perdão

Frio e sem vida, apenas um corpo a perambular

A alegria foi embora, o luto ficou pra sempre

Condenado por si mesmo a um caminho sem volta

De dor e lamentações...

Acorda! Seus pensamentos lhe devoram

A culpa pode ser apagada pelo amor

Acende a luz e a escuridão vai embora

Permita ser tocado pelas mãos do Criador

E então renascerá.