ÁLBUM DO TEMPO




Ó céus dos tambores velados.
O tempo cobiçou-me a pele e o dente de marfim.
O bosque que habita a mim, já criou – produziu - escoou.
Sinto-me lúcido ainda! Mas a roseira ora murchará.
Isso é inevitável!
Tudo que eu mastiguei, desgastou-me...

Choca-me a guilhotina erguida, no final do túnel...
Não há limites para o tempo!
Rumina tudo.

O tempo, não cessa e ainda clandestinamente,
constrói a sepultura de seus afáveis navegadores.

Navegar no tempo é imprescindível...
É galopante, é migratório.
Mas, devemos ficar cientes,
Pois ele tem, os punhos implacáveis...


 

Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Álbum do tempo

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 05/02/2014
Código do texto: T4679658
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