A Cegueira da Razão.

A Cegueira da Razão.

A nosso respeito.

A luz buscou sob a distância.

O seu brilho.

O mundo maravilhou.

Com a sua concatenação.

Entretanto, ele vivia.

Da sua própria luz.

Do seu interior nascia o fogo.

Absorvia as suas chamas.

Do prazer brotava o talento.

E constantemente roubava o seu deleite.

Não poderia ter acontecido.

A felicidade dependia-se das trevas.

Raciocinava.

A exuberante inteligência.

Nasciam milhares de cavernas.

Entretanto surgira em cada uma delas.

Centenas de oráculos.

O mundo seria apenas uma adivinhação.

A predominância da ignorância comum.

Como se a luz fosse à cegueira.

Ao meio de tantas fogueiras.

Edjar Dias de Vasconcelos.