CORPOS NUS EM PELO
Em algum de um tempo que findou
Lá parei, estagnei, emperrei
Enquanto partes desinteiras
Prosseguiram
Sem olhar para trás
Sem mais ou menos
Sem meio mais
E quando num estalo
Me vi em pedaços
Dependurado
Em vários galhos
Senti um calafrio
E nada mais fez sentido
Então o pouco que restava de mim
Ainda estava incrivelmente em desalinho
E deveras bipartido misturado
A corpos nus em pelo
Entre caralhos, vaginas, seios,
bundas e muitos pentelhos.