CORPOS NUS EM PELO

Em algum de um tempo que findou

Lá parei, estagnei, emperrei

Enquanto partes desinteiras

Prosseguiram

Sem olhar para trás

Sem mais ou menos

Sem meio mais

E quando num estalo

Me vi em pedaços

Dependurado

Em vários galhos

Senti um calafrio

E nada mais fez sentido

Então o pouco que restava de mim

Ainda estava incrivelmente em desalinho

E deveras bipartido misturado

A corpos nus em pelo

Entre caralhos, vaginas, seios,

bundas e muitos pentelhos.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 31/01/2014
Reeditado em 03/02/2014
Código do texto: T4672891
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