Deixei e deixei
Deixei a bagunça vazia para trás
E deixei que a brisa me aconselhasse
Deixei de achar que o barulho não era alto
E deixei a música adentrar meus ouvidos
Deixei sair às lembranças não boas
E deixei-me permitir de abraçar o sofrimento
Deixei de querer procurar
E deixei-me vê o que eu já tinha
Deixei os absintos nas suas casas
E deixei-me largar os vícios
Deixei a caricatura do mal não me manipular
E deixei-me se seduzida com as figuras benéficas
Deixei o que não me fazia feliz
E deixei-me ir à busca do desconhecido
Deixei fragmentos de autoflagelo seguir caminho
E deixei-me ser autora dos meus devaneios
Deixei tudo o que poluía a minha mente
E deixe-me saborear as voluntárias paixões
Deixei os raciocínios cansativos e devoradores de energia partir
E deixe-me ser o que eu sempre quis ser
Assim, entre deixar(largar) e deixar(permitir)
Fiz uma faxina com muitos deixares.
Que me deixaram sorver um novo tipo de deixar
Me deixando leve, livre e solta.