Será?

Mesmo já “passado”, mas ainda em processo de formação

Defino-me agora como a procura de explicação

De mil questões sutis e até de outras um tanto comuns

Produto do que me tornei esse eterno interno que desenquadrei...

Me pego escapando de uma segurança que o conformismo dá

Tímido ainda, mas desapegando e me reciclando só pra motivar.

Arvoro-me em ter certas dúvidas sobre a obviedade do consensual

Exceto quando salvo a mente em prol de um interesse assim fundamental

Confesso que o que dá trabalho é mais ser convincente para quem interessa

De que a mente da gente nos perscruta quanto mais se pensa que se conhece

É o jogo de um preguiçoso sempre inconformado com a própria preguiça

O estorvo de um presunçoso levando rasteiras de quem ele irrita

Em suma, pra justificar o quanto de breve eu costumo ser

Quem sabe esconder de novo o que todo mundo vai logo vai saber

Que gosto de romper com tudo desde que não arrisque em me aborrecer

Porém, falando mais sério, isso me ocupa enquanto me trai

Talvez seja o cabal do tempo se impondo apesar das novas que ele me traz

O fato é que não sinto culpa, pois na minha idade não importa mais...

Será?