MEUS HERÓIS MORRERAM DE OVERDOSE

Eu não vim pra falar da reles droga

Que campeia o sonho adolescente

Nem da dor quando à sarjeta joga

A escória humana de minha gente

Nem também sobre Janis ou Elis

Nem de Hendrix ou Amy a infeliz

Amo Elvis e de Cássia eu era fã

Todos deram ao vício o amanhã

A overdose que abordo é a insana

Que permeia a natureza humana

Que aflora de modo inconsequente

E de tempos em tempos é presente

Violência que ceifou um Conselheiro

Transformando o estio num braseiro

Quis com exercito terracota fanático

De uma pátria sertã ser rei lunático

Overdose de ódios loucos inclementes

Assassina vil das consciências ao lume

Algoz escrava da segregação de mentes

Luther King imolado só pelo negrume

A ira fundo-impregnada em corações

Que calou um grande líder pacifista

Da Índia arrastou famintas multidões

Voz de Gandhi e a nobre causa altruísta

Mas entre tantos heróis que hoje aqui cito

Há só um que vencedor de todo o ódio

É a razão pra reinar no mais alto pódio

Incansável em mostrar seu amor infinito

Um rei andarilho com grande majestade

Que converte milhões e até hoje conquista

Não há por mais frio coração que resista

À sua palavra que é espada da verdade

Enviado pra confirmar o antigo projeto

Do Pai que criou vida e o mundo inteiro

À cruz levado pelo mesmo ódio abjeto

No único sacrifício válido e verdadeiro

Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 26/01/2014
Reeditado em 28/05/2014
Código do texto: T4665237
Classificação de conteúdo: seguro