Doce e Pequena Flor
Doce e pequena flor, penugem, que o vento soprou...
Levando sementes a muitos lugares...
Doce e pequena flor... Simples e singela,
Entre o mato e o brejo, frágil, frágil!
Na simplicidade de sua elegância,
Crianças lhe colem pra ter nas mãos...
E num sopro, ver-lhe voar as sementes, como penugem!
Saudades, saudades, daqueles tempos...
Que ao lado de outras crianças,
Eu também soprava esperanças...
No dizer de sempre: Quando eu crescer eu...
Cresci, amadureci, mas ainda não envelheci!
Nem vou envelhecer, porque me tenho amadurecido,
E o vento dos anos, como aquele que soprava a penugem,
Soprou do meu coração, as penugens da desilusão.
Hoje resta a realidade, que só a verdade desenha,
Com o pincel do ideal palpável...