INTRIGA

INTRIGA

Um moço jovem enamorou-se por uma moça tão jovem como ele.

Ambos viveram de sua juventude os sonhos desejados.

Algum tempo depois, o colorido era preto e branco.

As rugas nasceram em cada canto das duas faces amigas.

O mel se tornou em intriga.

O pranto uma avenida larga.

O encanto um choro queixoso de tudo.

Onde está o bem para que um alívio me traga?

Ensinaram-me que dura até a sepultura essa tortura!

A roda gira o mundo, o mundo arrasta seu povo.

As horas são implacáveis, contudo, uma eterna sabedoria.

Quem sabe um pouco mais de paciência despertasse a ciência do querer para sempre?

A mocidade é pedra rolando a ladeira.

Toda faceira até a hora derradeira.

Uma mulher sozinha em uma cadeira conta uma história a sua amiga:

“Nada quis, nem tentei, portanto, não tive intrigas; Fiquei aqui até as cãs chegarem”.

Engano, sim, esse é o engano da solteira.

A primavera e o verão ardente são estações do mesmo ano.

Tudo a humana criatura sente, deseja, sonha.

Arriscar é preciso!

Viver é um imperativo!

O medo foge quando a paixão chega.

O amor é um bem conquistado, ou um dom por alguém dado.

Nem demais, nem de menos!

Põe sal no teu feijão, cominho, e coentro;

Só não ponhas o cimento; ele é o maldito ciúme, ou o ódio que te trará má sorte.

Ele petrifica a vida e só causa intriga...

Roosevelt leite
Enviado por Roosevelt leite em 22/01/2014
Reeditado em 22/01/2014
Código do texto: T4660353
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