Fim...

Assim, depois de ver, sentir e talvez crer, encontrei o meu fim. Vejo a morte fascinante e a contemplo em igualdade a minha vida, jamais temeria uma vida inútil se tivesse a eternidade para tentar uma nova metamorfose. Alguém me cedeu o privilégio de aqui estar e esse mesmo alguém tem o poder de me transformar ou terminar. Vindo de não sei onde e indo para o mesmo. E desta forma me condicionou.

Quero ter lindas recordações, ações feitas por prazer e loucura. Vejo a loucura como a mais bela e lúcida maneira de pensar. Aceito o fim, como aceitei o início. Não me foi dado o valor da pergunta. E se não pude indicar nem o princípio muito menos o fim, me resta preencher de vida o que foi me dado.

Nesse labirinto de incondicionalidades, não me afeiçoei com lágrimas, rancor, gemidos ou inconformismo. Que minha morte traga a felicidade de um nascimento. Um início para uma nova dimensão desse plano. Todos os animais morrem e ninguém acende uma vela para sua alma. Também, sou um animal.

Posso ter um ponto final agora, amanhã, ou depois.

W Fortunato
Enviado por W Fortunato em 19/01/2014
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