Escrever, Escrever, Escrever...compulsivamente
Escrever, Escrever, Escrever...
Jorge Linhaça
Escrever, escrever, escrever...
Compulsivamente escrever até os dedos sangrarem,
Até as letras das teclas se diluírem no sangue
Como as ideias se diluem no tempo
Como as palavras se espalham no vento
Como os sussurros ecoam sem serem ouvidos
Escrever , escrever, escrever...
Até que as falanges se atrofiem, inchem, se paralisem
Até que os olhos se cansem, se embotem, se turvem
Até que os sentimentos se esvaiam sobre folhas de papel virtual
Até que as tintas se apaguem nas folhas impressas
Até que escrever, escrever, escrever...
Não faça mais o menor sentido.
Até que o escrever não seja mais sentido.
Salvador, 19 de janeiro de 2014.