O MENDIGO
O seu lar é a rua deserta ou agitada!
Sua coberta o sereno e o céu negro ou estrelado!
Seu colchão é a dura e fria calçada!
Seu travesseiro, o próprio braço mirrado!
Mal raia o sol que a noite esconde,
levanta do descanso, já cansado;
vai mendigando o pão de cada dia,
peregrinando - seu duro fado!
O olhar oblongo em cada porta pára;
a mão enrugada estira a cada passo;
pelo amor do Pai Celeste o pão implora,
sem lamentar de muitos o descaso!
Segue em frente, a vida extinguindo,
os pés doendo, a alma machucada!
Novo dia vence; nova noite chega,
para o aconchego de outra calçada!
O seu lar é a rua deserta ou agitada!
Sua coberta o sereno e o céu negro ou estrelado!
Seu colchão é a dura e fria calçada!
Seu travesseiro, o próprio braço mirrado!
Mal raia o sol que a noite esconde,
levanta do descanso, já cansado;
vai mendigando o pão de cada dia,
peregrinando - seu duro fado!
O olhar oblongo em cada porta pára;
a mão enrugada estira a cada passo;
pelo amor do Pai Celeste o pão implora,
sem lamentar de muitos o descaso!
Segue em frente, a vida extinguindo,
os pés doendo, a alma machucada!
Novo dia vence; nova noite chega,
para o aconchego de outra calçada!