Tempestades do Ser
A chuva caia na rua do flamboyant
Levando suas pétalas pelos esgotos
Deste mundo ocidental
Molhava meu rosto melancólico
Reflexivo
Gelava meu coração abandonado
Solitário
Sem esperança
Mas meu olhar não era molhado
Somente pela chuva
Eram por lágrimas
E estas vinham das nuvens escuras
E das tempestades do meu ser
Ser conjugado nestes tristes versos
Que a chuva leva nas suas torrentes
Junto com as lembranças de um tempo
Em que a primavera era uma flor
Nos cabelos da amada
E as borboleta abelhas beija-flores
Contornavam as papoulas vermelhas
As rosas as violetas os crisântemos
Apesar de aquela flor ser proibida
E o sol morava na corola
De um girassol
E Deus desenhava o verão
No coletivo das negras andorinhas
A maria-fumaça não tinha ido embora
E os velocípedes sorriam nas calçadas
E o piscine embaçado lia os sonetos
Do Vespasiano Ramos
E eu não tinha sido exilado
Das minhas palmeiras
E dos sabiás.
Luiz Alfredo - poeta
A chuva caia na rua do flamboyant
Levando suas pétalas pelos esgotos
Deste mundo ocidental
Molhava meu rosto melancólico
Reflexivo
Gelava meu coração abandonado
Solitário
Sem esperança
Mas meu olhar não era molhado
Somente pela chuva
Eram por lágrimas
E estas vinham das nuvens escuras
E das tempestades do meu ser
Ser conjugado nestes tristes versos
Que a chuva leva nas suas torrentes
Junto com as lembranças de um tempo
Em que a primavera era uma flor
Nos cabelos da amada
E as borboleta abelhas beija-flores
Contornavam as papoulas vermelhas
As rosas as violetas os crisântemos
Apesar de aquela flor ser proibida
E o sol morava na corola
De um girassol
E Deus desenhava o verão
No coletivo das negras andorinhas
A maria-fumaça não tinha ido embora
E os velocípedes sorriam nas calçadas
E o piscine embaçado lia os sonetos
Do Vespasiano Ramos
E eu não tinha sido exilado
Das minhas palmeiras
E dos sabiás.
Luiz Alfredo - poeta