O FARISEU E O PUBLICANO
“O maior entre vocês deverá ser servo.
Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado
e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado”.
Mateus 23.11,12.
Quando o fariseu orava,
A todos ele mostrava
Que não era tão ruim.
Com orgulho e fidalguia,
Sua voz ele erguia,
Numa oração assim:
— Eu sou bom e caridoso
E também sou cuidadoso
Trato a todos com carinho.
Cumpro as obrigações,
Faço as minhas orações,
Escolhi o bom caminho.
Sou teu filho predileto,
Tenho-te sempre por perto,
Já que sou abençoado.
Já que é forte a minha crença,
Peço o céu por recompensa,
Pois jamais fiz algo errado!
O publicano, no entanto,
Recolhido em seu canto
E com bastante humildade,
Do íntimo do coração,
Com bastante contrição,
Pedia a Deus piedade:
― Senhor Deus do universo,
Sou pecador, eu confesso,
Venho te pedir perdão
Por erros que cometi,
Pela fé que não senti,
Por minha ingratidão.
Trago o arrependimento,
No meu peito e lamento
Ser, na vida, um pecador.
Ouve o teu filho que agora,
Reconhece e implora,
Um pouco do teu amor!
***
Maria do Socorro Domingos
João Pessoa, 08/01/2014