Como se deve entender o tempo.
O que é o tempo.
O que devo dizer.
Uma ideologia projetada.
A partir do movimento.
Da terra.
Em torno do seu eixo.
O tempo que descrevo.
Supera-se a visão Aristotélica.
Mas também desconsidera.
O entendimento Copernicano.
Diria que o tempo é uma ilusão.
Que não se realiza no passado.
Muito menos no futuro.
O tempo é apenas.
Um contínuo do instante.
A única realidade possível.
É o momento.
O tempo pode ser um escoamento.
Interno ou externo.
Que se realiza continuamente.
Mas que flui como se não tivesse.
Nada realizando.
Portanto, o tempo é uma ilusão.
De Ptolomeu e de Aristóteles.
Diria um engano de Copérnico.
Como também de Galileu.
Até mesmo a Física contemporânea.
Erra quando pensa o tempo.
Da mesma forma a Física de Einstein.
O racionalismo de Descartes.
Ou o criticismo de Kant.
O modelo político de Marx.
Ou o liberalismo moderno.
O que é o tempo.
Simplesmente não existe.
Passado presente e futuro.
São exatamente as mesmas coisas.
Existe apenas um contínuo eterno.
Realizando em todo instante.
O contínuo vai fluindo.
Esse é o conceito do tempo.
Do Edjar.
A realização contínua.
Objetiva as diferenças.
Dentro de si mesmas.
Levando mais especificamente.
A natureza humana.
Ser e não ser.
Então o tempo é uma imaginação.
Que desenvolve.
Em sua movimentação simples.
Um mecanismo.
De dilatação e contração.
Na própria essência do movimento.
Formulado no seu eterno presente.
Expande mas fica sempre.
No mesmo lugar.
Produzindo a identidade.
De cada diferença.
Realizando a dimensão.
Do ser.
Ninguém está dentro do tempo.
Porque intuitivamente.
Cada ser não é o tempo.
A realização do eu.
E de certo modo do não eu.
Na verdade a concretização.
De todas as forças.
Não está no tempo.
Devido à dimensão.
Da eterna continuidade.
O que é o tempo.
Responde com veemência.
Edjar.
É apenas sua ausência.
Quando o sol exaurir.
Sua energia de hidrogênio.
Ou todos os sóis.
O universo inteiro.
Ficará escuro.
Acaba definitivamente.
O tempo.
Mas posso afirmar peremptoriamente.
O tempo.
Não é a recepção.
Das somas dos momentos.
Não é a linha sucessória dos instantes.
O antes.
O agora.
E a posterioridade.
O tempo apesar da continuidade.
É a negação desses conceitos.
É apenas a concentração.
Da realização contínua.
Fazendo o presente ser eternamente.
No fundamento da ilusão dos instantes.
O tempo é apenas um conceito ideológico.
Que nunca teve realidade própria.
E que nunca poderá ser.
Além da própria intuição.
A convencionalidade de um apelido.
Culturalmente definido.
Edjar Dias Vasconcelos.