Nunca Talvez
Minha ponte foi sempre traçada
Nas cordas esticadas do amor
Todo meu caminho foi rebuçado
Com ganhos alegrias e na dor.
Lá se foram mais papéis riscados
Nas páginas diárias da longa vida
Caminhos quase sempre buscados
Nas curvas e vielas, da vinda na ida.
Já se passaram mais de sessenta
Eu não deixei de gostar de brincar
de anéis, bonecas, levanta e senta
Minha alma quer continuar a dançar.
Fui embalada nos braços do amor
Encantada com carinhos da paixão
Por isto hoje é que mesmo na dor
Eu canto,brinco e amo com o coração.
Mais alegre que aos quinze de vida
Amante muito melhor que aos trinta
Sou mulher que não se aquebranta
Nem por um segundo esqueço a lida.
Vivo o futuro com o presente e passado
Mas vivendo sempre um dia de cada vez
Viver é quase sempre o certo e o errado
Mas com certeza nunca vivo no talvez.