A diferença da picanha com a carne moída.
As coisas que me chateiam.
Profundamente.
Quando vejo um proletário.
Pobre conservador.
É uma tragédia.
Ele é inútil para si mesmo.
É o seu próprio inimigo.
Então como seria amigo.
Da Pátria?
Com ideologia de direita.
Quando vejo alguém pobre.
Imaginando classe média.
Ou rico.
Quando vejo um pobre.
Imaginando superior.
Fico profundamente triste.
Porque sei que se trata.
De um imbecil.
Quando vejo alguém.
Defendendo árvores.
Nunca vi defensor de floresta.
Defender as tribos africanas.
As tribos indígenas do Brasil.
Defende se a floresta.
Esquecendo-se do ser humano.
Vejo gente defendendo.
Os direitos dos bichos.
Poucas pessoas defendem.
O direito humano.
O direito de ter vida.
Vejo pessoas amando.
Seus cachorrinhos.
Mas detestando crianças de rua.
Os valores culturais.
São transviados.
O poder político.
Protege os animais.
Não se paga imposto.
Ao comprar remédio para o boi.
Mas para um pobre proletário.
Doente na favela.
Paga se uma fortuna.
O remédio que se compra.
Não se pode cortar uma árvore.
Na natureza.
Mas o homem pode dormir.
Nas ruas.
Nas calçadas.
A sociedade política.
Não tem valores humanos.
As coisas que me chateiam.
Quando vejo os partidos políticos.
Defendendo desenvolvimento.
Econômico e esquecendo.
O desenvolvimento humano.
O que me chateia.
Quando vejo um partido político.
Fazendo uso das etnias.
Como se fosse benfeitor delas.
Quando o ato é apenas eleitoral.
Para se manter no poder.
Entre tantos outros atos.
O que me deixa triste.
Quando o povo.
Por ideologia.
Defende pessoas com caráter.
Político neofascista.
A ignorância me chateia.
A falta de humanismo.
A concentração da renda.
A idiotice.
Ligado às ideias de dominação.
A vida me chateia.
Quando ela é voltada.
Para defesa dos privilégios.
Da elite econômica.
O poder político.
Do mesmo modo.
E o povo sem consciência.
Não reage.
Acha que tudo é.
Perfeitamente normal.
O que me deixa aborrecido.
A falta de perspectiva.
Da superação da pobreza.
A vida só tem sentido.
Se for atendida a sua finalidade.
A realização plena.
E toda realização só será total.
Se existir distribuição da renda.
O mundo precisa mudar.
Para ajudar aqueles.
Que são exatamente pobres.
É necessária uma revolução.
Institucional.
Precisa mudar a política.
Econômica.
O modelo e função do Estado.
O mundo não pode ser.
Exatamente o que é.
Só um estúpido aceita ser pobre.
Realizando o privilégio do burguês.
A lógica do burguês patrão.
É a mesma lógica do fazendeiro.
No passado.
O domínio do escravo.
Hoje do proletariado.
É fundamental que o Estado.
Defenda os interesses coletivos.
Porque o Estado tem que ser.
Exatamente o povo.
Contrariamente.
Será um Estado fascista.
Quando representa a elite.
Desvirtua da sua função.
Republicana.
Não sou comunista.
Até porque defendo.
A sociedade privada.
Não apenas para o investidor.
O direito de o pobre ter.
Propriedade.
Carro, casa, comida.
Bem estar social.
Esse é o único objetivo.
Da política.
Da nossa existência.
O operário precisa ter o básico.
Para a vida.
O dinheiro.
Tem que ser relativamente.
Socializado.
Não pode pertencer apenas.
A um minguado grupo de pessoas.
Privilegiadas.
Temos que construir.
Os princípios fundamentais.
De um novo modelo de governo.
Com natureza democrática e social.
E nenhum dos partidos.
Que existem no Brasil.
Tem como objetivos essas ideologias.
São contra os interesses da humanidade.
Muito cuidado com eles.
Não se entusiasme com nossos representantes.
Apesar de eles serem iguais.
Existem algumas diferenças básicas.
Um delas é simples.
A maioria deles quer que o rico.
Possa comer sempre picanha.
Um ou outro deles.
Defende a picanha como comida.
Para a elite.
Mas que o povo coma carne moída.
Todos eles defendem.
O mesmo modelo econômico.
A diferença é a carne moída.
Na verdade a defesa política.
Da sociedade produtiva.
É a picanha para o rico.
A carne moída faz parte.
De um golpe de esperteza.
Visa dominar o povo politicamente.
Pela fome.
Tendo a política em mãos.
Para manter a picanha a elite.
Mas grande maioria é tão cruel.
Refiro à classe política.
Quer dominar o Estado.
Sem sequer fazer a política.
Da defesa da carne moída.
Que o pobre seja exatamente.
Uma peça descartável.
Dentro do sistema capitalista.
A burguesia sempre pensou desse modo.
Da mesma forma as instituições políticas.
Apenas o povo.
Teria que mudar o modo de entender o mundo.
Da mesma forma a política.
As relações sociais.
E o modelo de desenvolvimento social.
Apenas o povo com consciência.
Tem que descartar todos os políticos.
Que defende a picanha para os ricos.
E descobrir que a distribuição da carne moída.
É apenas esperteza política.
Um golpe mercadológico.
Para poder dar aos ricos eternamente.
A picanha.
Edjar Dias de Vasconcelos.