O desnudar de si

É angustiante

como tantas coisas na vida.

Este momento,

em que caem todas as faces

e aparece a verdadeira face.

Desnuda das vaidades.

Consciente do seu ser.

Só em si mesma.

Náufraga das ilusões.

Perdida na ignorância,

ávida do saber.

E a noite a traga,

sem nenhuma piedade.

E o corpo fica ali, estirado...

esperando o raio de luz,

que chega com a madrugada

e desperta o novo ser

nos espelhos trincados da vida.

Déa Miranda
Enviado por Déa Miranda em 28/12/2013
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