Do Que Feita Sou
O que vejo é o que não é,
Se não olho,
Não pareço está em pé,
Entre cores e cinzas,
Letras, idas e vindas,
Já não encontro quem fui,
Mas não me perco do que sou,
O vento, o tempo levaram pedaços de mim,
Mas há um Porto Seguro que não despedaça,
Não estralhaça, já que não é vidraça,
E mais forte e segura me faço, refaço,
E como se fosse feita de aço,
Mesmo diante de tudo que passo,
Minha sensibilidade é aguçada com um simples cantar de um passarinho,
Corro para o ninho das Letras mesmo em dores, fazendo caretas,
Esqueço as dores por alguns segundos,
Vivo meu "mundo" de eterna liberdade em registrar o que traço,
Como faço?
É que vivo na esperança do laço que trago no cordão embrionário com meu Criador.