Do Que Feita Sou

O que vejo é o que não é,

Se não olho,

Não pareço está em pé,

Entre cores e cinzas,

Letras, idas e vindas,

Já não encontro quem fui,

Mas não me perco do que sou,

O vento, o tempo levaram pedaços de mim,

Mas há um Porto Seguro que não despedaça,

Não estralhaça, já que não é vidraça,

E mais forte e segura me faço, refaço,

E como se fosse feita de aço,

Mesmo diante de tudo que passo,

Minha sensibilidade é aguçada com um simples cantar de um passarinho,

Corro para o ninho das Letras mesmo em dores, fazendo caretas,

Esqueço as dores por alguns segundos,

Vivo meu "mundo" de eterna liberdade em registrar o que traço,

Como faço?

É que vivo na esperança do laço que trago no cordão embrionário com meu Criador.

Pescadalma
Enviado por Pescadalma em 26/12/2013
Reeditado em 27/12/2013
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