De Bolsa em Bolsa
As cidades estão nuas
Com suas vergonhas
Dos politicos que nos roubam
E querem a tal dita maconha
Vamos nos unir mulher
E fazer de dez a vinte
Pois as bolsas o governo nos garante
E sem precisar trabalhar é o seguinte
O papo esta dado
Vamos enfiar na escola
A professora se vira
E a gente enrola
Eles crescem
Fazem suas crias cedo
E vem mais bolsas
A gente conta nos dedos
Um, dois, três ou quatro
Não importa a quantidade
O governo passa mel na boca do pobre
E assim ele acha que isto é felicidade
Bolsa chave de fenda
Martelo e colher de pedreiro
Ninguém quer usar
E termina no samba do pandeiro
Bolsa do pobre
Carteira do Rico
Tristeza do trabalhador
Que rala o dia todo e nem pode molhar o bico.