ENREDO DE UM POVO
No alto daquela favela,
se faz mais um carnaval.
Em cada barraco, aquarela,
mistura de cor sem igual.
Enredo de todo dia,
cantado por gente sofrida.
Por vielas, harmonia
a evoluir pela vida.
Fantasiados de nada,
zero em alegorias,
choram toda madrugada,
almas sem sonhos, vazias.
Sorrindo descem do morro,
pro mundo inteiro aplaudir.
Olhos pedem por socorro.
Pena, ninguém vai ouvir.