Turbulência
Mar revolto que se inicia
Revirando a calmaria
Ondas ternas entram em rebuliço
Lança espinhos feito ouriço
Rouba a paz que residia
Tranquila e serena vivia
Estagnando o compromisso
Remetendo-se sem aviso
Mar revolto é turbulência
Invadindo feroz lindo dia
Sombreando de improviso
Pavor de um ser conciso
Na fúria da balburdia
Não explora consciência
Se deixa levar em conflito
Sem ver o que ensina o atrito
Mais maré alta é passageira
Vai e vem uma vida inteira
Repetindo quando necessário
Em movimento arbitrário
Ensinando que ao contrário
Da onda mansa confortável
Que induz indelével relaxo
Instinto permanente Inato
Maremoto desequilibra angustia
Mas sempre traz em companhia
Carga extra de alforria
Sorvida transformada em gratidão,alegria.
Simples dissipando a invencível tempestade.