João e Maria
Aonde vais quando os famigerados passarinhos,
Comerem as migalhas de pão?
Quando perderes o caminho,
Tal Maria e João?
Quando estiveres numa furada,
Sem mãe nem pai?
Quando for o fim da picada,
E cada... Um dos seus “amigos” se vai?
Aonde vais depois da saideira,
Quarta-feira... De cinzas a tarde?
Quando todas não forem o bastante,
E como antes... Continuares na vontade?
Quando voltares à realidade, sair de cena?
Segunda,
Quando na cacunda,
Ainda pesarem os problemas?
Quando o negócio ficar feio?
Quando passar a onda,
E vir que não há nada que corresponda,
Aos teus anseios?
Quando se forem os anéis,
E debaixo de teus pés... Puxarem o tapete?
Quando a última chance,
Escapar do teu alcance... Como da mão o sabonete?
Aonde vais depois do prognóstico do doutor,
Quando do cais a nau se solta?
Aonde vais quando se for,
Quando não houver mais volta?
Quando chegar à encruzilhada,
Onde toda a dúvida se junta?
Quando tudo tiver dado em nada,
Aonde vais? Fica a pergunta.